terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dicas de viagens - Fernando de Noronha

A ilha gourmet: um guia de bares e restaurantes para aproveitar Fernando de Noronha

Com o fim das chuvas e os preços de baixa estação, tem início agora (e vai até novembro) o melhor período do ano para visitar Fernando de Noronha. E com uma novidade: o arquipélago ganhou recentemente restaurantes e
bares descolados, com ótima gastronomia. Saiba quais são eles


IMAGEM DO MORRO "DOIS IRMÃO" NO FIM DA TARDE (Foto: Adriano Vizoni)


Até poucos anos atrás, as opções eram poucas: havia um restaurante por quilo na praça dos Remédios, a tapiocaria próxima à igreja, a pizzaria do forró e, para momentos a dois, o bufê de frutos do mar da Pousada Zé Maria. Fernando de Noronha, um dos lugares mais bonitos do mundo, carecia de boas opções gastronômicas que contemplassem turistas exigentes, que apreciam as paisagens deslumbrantes do arquipélago – mas, também, comer e beber bem. Não mais.


Nos últimos anos foram inaugurados lugares bacanas e charmosos, seja para tomar um drinque com os amigos (e badalar), ou para um jantar romântico com o pôr-do-sol ao fundo. Em visita à ilha, Marie Claire conferiu de perto todos eles e lista abaixo os que valem (muito) a visita.
COMER COM VISTA: Varanda Restaurante

Espécie de embaixador da gastronomia noronhense – ele já comandou a cozinha das pousadas Maravilha e Zé Maria e foi um dos pioneiros em preparar pratos elaborados na região –, o chef potiguar Auricélio Romão combina frutas com peixes, frutos do mar e sabores nordestinos. A estrela do cardápio está nas sobremesas: a baba de moça pernambucana, feita com coco em calda em vez de gemas de ovo. Comece com um bom petisco, como os bolinhos de macaxeira com carne de sol e, depois, experimente o camarão com quiabo sobre arroz de coco. Não deixe de provar, também, as caipirinhas, caipiroscas e os exóticos sucos de pitomba com morango e de cajá-manga com maracujá. Há ainda drinques clássicos como mojitos, piña colada e bloody mary. 

A refeição sem bebidas sai por R$ 70, em média. Abre diariamente, das 12h às 23h30.
Rua Major Costa, 130, Vila do Trinta (tel. 81 3619-1546)
GERAL, DRINKS E RISOTO DO TRIBOJU (Foto: Divulgação)


ALTA GASTRONOMIA: Triboju

À frente da cozinha de apresentação caprichada, o pernambucano Cícero Barbosa, em Noronha há 25 anos, formou-se com o célebre Zé Maria, dono da pousada de mesmo nome e quase uma instituição na ilha. Como o mestre, começou a plantar ervas quintal da pousada Triboju e estuda a possibilidade de introduzir ali o cultivo hidropônico de verduras. Pirâmide de camarão com palmito, tartar de atum com gergelim e casquinha de siri são boas opções de entradas.


O cardápio enxuto mistura pratos autorais, como o risoto de limão siciliano com camarão em crosta de provolone, a clássicos como o filé de peixe à belle meunière, servido com um suave molho de alcaparras e cogumelos. O restaurante de décor aconchegante fica dentro da pousada eco-chique, repleta de móveis de demolição. Como sobremesa, o petit gâteau de maracujá tem ponto preciso – bem cremoso por dentro – e o cheesecake vem acompanhado de uma saborosa calda de pitanga. A carta de vinhos traz boas opções de tintos, brancos e espumantes.

A refeição sem bebidas sai em torno de R$ 80 por pessoa. Funciona diariamente, das 12h às 22h.
Rua Amaro Preto, 133 (tel. 81 3619-1313)
PARA BADALAR: O Pico
O espaço multicultural que mistura gastronomia, artes, moda e happy hour é um dos points mais animados da ilha. É possível tanto saborear um bolo com café à tarde, tomar uma cerveja na varanda ou jantar olhando para uma das exposições dispostas ali. Frequentadores bebem champanhe na sala de projeção ao ar livre, ou dão uma olhada na seleção descolada de peças de estilistas comoJuliana Jabour, entre outras marcas. Da cozinha, comandada pelo chef Jago Koerich, saem bons ceviches, risoto de camarão com queijo brie e rúcula, gaspachos, sanduíches, wraps e samosas, os perfumados pastéis indianos. Na loja, que também vende semijoas com pedras brasileiras e peças de artesanato, ainda dá para comprar castanhas pernambucanas e o saboroso chocolate AMMA, produzido no interior baiano. 

O Pico 
funciona de quarta a segunda, das 13h à 1h.
Rua Nice Cordeiro, S/N, Bairro da Floresta Nova (tel. 81 3619-1377).
PARA PETISCAR: Mergulhão
Assistir ao pôr-do-sol com champanhe gelado e petiscos saborosos, em confortáveis tendas com almofadas espalhadas pelo chão. É essa a proposta doMergulhão, que fica bem em frente ao porto e serve os peixes mais frescos da ilha. Dourado, cavala, cioba, barracuda, garoupa ou atum (o tipo disponível depende da pesca do dia) podem vir fritos para afundar em molho cítrico e farofa, ou então em suaves ceviches, com vinagrete de maracujá ou tartar.

O tom nordestino do cardápio fica claro nas opções que não são do mar, como carne de sol com abacaxi grelhado e queijo coalho e crocantes torradinhas de tapioca. Comandada pelo chef paulista Rafael Sudatti, a casa tem ainda boa carta de vinhos, espumantes e drinques – uma boa novidade em um arquipélago que até pouco tempo atrás restringia a oferta de bebidas alcoólicas a cerveja. O charme extra fica por conta do cafezinho. Coado individualmente, direto na xícara do cliente, é preparado com grãos gourmet da fazenda Santa Sophia, em Minas Gerais.

Funciona de segunda a sábado, das 12h às 22h, e a refeição completa sai por R$ 100 por pessoa, em média.
Porto Santo Antonio, S/N (tel. 81. 3619- 0215)
DRINK NO O PICO E CAFÉ NO MERGULHÃO (Foto: Divulgação)


O MAIS EXCLUSIVO: Palhoça da Colina

Penélope Cruz já deixou Javier Bardem em sua pousada para jantar ali com amigos. A apresentadora Fernanda Lima e o ator Rodrigo Hilbert costumam frequentar sempre que vão à Noronha. O Palhoça da Colina é o restaurante “para ver e ser visto”. Sem excessos na decoração, o ambiente é todo iluminado por velas e cheio de charme. Dentro da construção de palha há uma mesa única, a três palmos do chão, ladeada por colchões cobertos de panos coloridos e almofadas.


A casinha fica no quintal do chef Tinho Martins, que prepara peixes, frango, carnes e frutos do mar em uma churrasqueira improvisada, em frente ao refeitório. As caipirinhas, saborosas, também são feitas pessoalmente por ele. Não há carta de vinhos, mas quem quiser levar o seu, não precisa pagar rolha. O jantar é superdisputado e, como só cabem 20 pessoas, é indispensável fazer reserva.

Refeições saem entre R$ 100 e R$ 300. Reservas podem ser feitas pelo sitewww.palhocadacolina.com
Estrada da Colina S/N (tel. 81 3619-1473)


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