domingo, 18 de outubro de 2015

SPFW inverno 2016




Boa noite bloguetes!! E hoje começa mais uma semana muito especial da moda, o SPFW Inverno 2016, um mega evento de moda para mostrar as coleções e tendências para o inverno 2016, e vem muitos looks lindos por aí!!! O primeiro desfile, que aconteceu hoje foi a do estilista Alexandre Herchcovitch, e foi na Prefeitura de São Paulo, como sempre irreverente a começar pelo convite um bilhete único, convidando a todos a pegar o metro para assistir seu desfile, muito diferente não é verdade? Infelizmente este SPFW não vou poder ir, porque estou com problemas na coluna e estou em tratamento, não posso ficar muito tempo em cima do salto nem muito tempo em pé, então, minha cobertura será de longe mesmo mas pode deixar que vou atrás de todas as informações para vocês ok? A começar pelo calendário, desfiles e quais suas inspirações para as coleções, então, bora conferir?



Desfile: ALEXANDRE HERCHCOVITCH

TEMA
Uma história de boudoir sobre amor e perda, perversão, sexo e poder.


MATERIAIS
Tricoline de cashmere, fitas de gorgurão, tafetá de seda, jacquard, tule elástico, cetim de seda stretch, meia malha, lã cashmere, canvas de lã, lã alpaca, crepe georgete.


              


Bom este foi o desfile do primeiro dia, teremos a semana inteira de olho nas coleções das marcas que irão se apresentar no SPFW, mas antes vamos saber de algumas curiosidades dessa primeiro dia?

Herchcovitch no centro

Alexandre Herchcovitch vai abrir o calendário de Inverno 16 com um desfile domingo (18.10) na Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade. Ele contou ao FFW que nunca havia ido ao local e ficou impressionado quando viu o saguão. “É uma oportunidade de os convidados conhecerem a sede, além de chegar com transporte público”, diz, em relação ao seu convite, que é um Bilhete Único carregado com duas viagens.

Já o desfile é uma história de boudoir sobre amor e perda, perversão, sexo e poder. “É sobre isso que falo nesta coleção, além de ser um megamix de tudo o que já fiz na vida em moda. As inspirações do ínicio de carreira, obsessões pelo corpo, modelagem, costura”.

Outro fato, público, é que esse é o último ano de contrato de Alexandre Herhcovitch com o grupo InBrands e a renovação está sendo estudada. Portanto, está no ar se este pode ou não ser o derradeiro desfile do estilista para a marca que fundou. “Se esse for o meu último, será um lindo desfile!”.

POR LILIAN PACCE: A combinação sexo e poder é explosiva, e cada estilista tem sua leitura. A de Alexandre Herchcovitch aparece em meio à crise econômica brasileira reforçando a máxima que defende que, sempre que a economia está em baixa, o sexyvira moda porque “sexo vende”. Se as fórmulas fossem fáceis nada teria graça: o combo sexo-poder de Herchcovitch, com alta carga fetichista, é mais denso e complexo que o dos outros, com imagens de passarelas desafiadoras e roupas – todas em preto, branco e brilho de cristal – cheias de segredos. Podemos começar pelo mais importante: o papel das fitas de gorgurão que perpassam por quase toda coleção. Elas são costuradas sobre o tecido fazendo caminhos tortuosos, voltas e círculos que franzem e trazem texturas. Chegam a construir um look inteiro – o usado por Isis Bataglia, com body e saia que junta as fitas e ainda traz detalhes de miçangas de porcelana nas costuras. Outras fitas, de organza e de tule, também servem pra fazer desenhos – no look de Waleska, a de tule sobre a cashmere branca passeia por quase toda a extensão do vestido longo – vai pra trás, volta, desce… Sofisticadíssimo, e uma metáfora dos caminhos sombrios de paixões avassaladoras, talvez.

Quer um segredo mais escondido? O vestido de cetim duchese de seda com losangos em riscas brancas, por exemplo. Olhe outra vez: o tecido na verdade traz um quadriculado P&B, e cada quadrado branco recebeu um quadrado preto costurado por cima, deixando só uma risca branca aparecer. A mesma coisa com o poá e o listrado, ambos de crepe georgete. Já as argolas de metal preto fosco vêm forradas fazendo um vão redondo na roupa, ou como um “bojo” do sutiã formado apenas por elas em diversos tamanhos e as fitas, ou ainda escondida na barra da incrível manga com volume redondo.
Todos esses detalhes espalhados pela coleção enriquecem esse clima misterioso-noir, mas também existem propostas mais “visíveis” nas fotos como a mistura de xadrezes (pied-de-poule, tipo madras, vichy), os chemises-camisolões do começo em tricoline de cashmere, os looks em meia malha. Os sapatos desenvolvidos com a Arezzo não são um simples trompe l’oeil: a sandália preta e a “meia”, que surge em preto, branco ou xadrez, realmente se desgrudam. A gargantilha e os anéis de cristais redondos estonteantes, por sua vez, são parceria com Hector Albertazzi. E o resultado, gótica nada suave e sadomasô de luxo (segundo o próprio Alexandre, “uma história de boudoir sobre amor e perda, perversão, sexo e poder”), é muito, muito bom, acima da média até pro próprio estilista, que já costuma fazer boas coleções. Pras que são vamps e pras que foram abandonadas e querem dar a volta por cima – você pode, e um bom começo é um bom casaco fechado com uma fenda absurdamente vertiginosa que mostre a sua maravilhosa perna inteira… (Jorge Wakabara)
Ameiii!!!


Run, baby, run!

Os fashionistas, como sempre, já começam a temporada correndo. Mas aqui, é no sentido literal mesmo. Domingo de manhã acontece mais uma edição da Fashion Run, com largada prevista para às 7h no Obelisco do parque Ibirapuera. A prova será realizada em um circuito de 5 km ao lado do parque. Ao final do percurso, os competidores serão recepcionados na Bienal com café da manhã e poderão conhecer em primeira mão o pavilhão onde acontece o SPFW. 

Na casa de Niemeyer

Nesta temporada, o SPFW volta a ocupar o prédio da Bienal, no parque Ibirapuera, e presta uma homenagem à Oscar Niemeyer. As salas de desfile, que normalmente são conhecidas como Sala 1 e 2, agora ganham os nomes Copan e Casa das Canoas. O terceiro andar foi adicionado à planta do evento como nova locação para desfiles e chama-se Espaço Niemeyer. Diferentemente das outras salas, este será um lugar aberto em que toda a arquitetura se faz presente. Desfilam lá Animale, Ellus e Reinaldo Lourenço.

Uma história em imagens

Para finalizar as comemorações de seus 20 anos, que começaram em abril, na edição de Verão, o SPFW organiza algumas exposições simbólicas da história do evento. “Do Princípio ao Início” mostra os momentos icônicos que ficaram eternizados na nossa memória. São fotos pinçadas de 40 edições e duas décadas de encontros e imagens inesquecíveis. Certamente, muita gente vai ficar emocionada ao relembrar alguns desses momentos.

O papel do cenógrafo

A cenografia é um elemento poderoso na comunicação de uma ideia, na criação de um ambiente inspirador. O trabalho do cenógrafo é transformar em realidade os desejos e sonhos dos estilistas. Assim, o cenógrafo e artista José Marton tornou-se um dos mais conhecidos dos corredores do SPFW. Há anos, ele está por trás de cenografias para exposições, lounges e desfiles, como os de Alexandre Herchcovitch, Água de Coco e Blue Man, que também marcaram a história do evento. A exposição fica en cartaz no CEU Heliópolis.


Exposição: “Fazendo a Cabeça”, de Davi Ramos

Talentoso stylist, dupla de Flavia Pommianosky, Davi Ramos começou a criar cabeças para complementar seus stylings de desfiles, editoriais e campanhas de moda. Os fascinators, chapeus, casquetes e derivados foram chamando tanto a atenção que começaram a ganhar encomendas, até que Davi resolveu criar, recentemente, uma marca para vendê-los. O processo ainda é totalmente artesanal e resulta em verdadeiras esculturas decorativas que trazem todo o repertório dramático teatral inventivo do stylist, que agora expõe 40 de suas peças na Bienal, durante o SPFW, acompanhadas de fotos e vídeos.

FFW & Ellus

O FFW e a Ellus fazem uma festa juntos nesta temporada, logo após o desfile, na terça, ali mesmo no terceiro andar da Bienal. Vai ser bem animada, com uma turma de parkour e com uma apresentação ao vivo que está sendo mantida em segredo total. Quem será… Acompanhe pelos perfis de Instagram ao vivo @ffw e @ellusjeansdeluxe

Chanel nas alturas

A semana também começa com uma festa concorrida da Chanel no Terraço Itália, logo na segunda. A noite comemora o lançamento da coleção Outono-Inverno 15/16 da marca. O cantor Tiago Iorc fará um pocket show e em seguida entra Marina Dias para um DJ set. Laura Neiva, fidèle da Chanel, e Johanna Stein-Birman estão entre as convidadas confirmadas. Muita gente deve sair direto do desfile da Lily Sarti, que encerra a segunda, para as alturas do Terraço Itália.

Nova musa na Colcci?

Gisele se despediu das passarelas e não estará no desfile da Colcci. É fato que a supermodelo estremece qualquer ambiente por onde passa no mundo e que os desfiles da Colcci tinham seu momento hot ticket com a presença dela e celebridades na primeira fila, inclusive o marido Tom Brady. E agora? Será que a marca vai anunciar alguma nova musa? Segundo a assessoria de imprensa, nenhuma outra modelo irá substituir Gisele nesta temporada. Se a marca não tem uma estratégia ainda definida para marcar esse novo momento, certamente deve focar seu trabalho na coleção e na execução de um desfile super bem feito e com um ótimo casting.

O amor, segundo Ronaldo Fraga

Os desfiles de Ronaldo Fraga sempre são garantia de fortes emoções. Seja por temáticas poéticas que valorizam a cultura brasileira, como as apresentações inspiradas no Rio São Francisco ou em Mário de Andrade, seja por levantar discussões de um jeito sempre tão poético de questões entaladas na garganta, como a velhice ou a beleza da mulher além dos padrões estéticos do mercado. Se na edição do Verão 2016 ele colocou amigas e conhecidas de diferentes idades com caudas de sereia e o peito nu no cenário para exaltar justamente a diversidade da beleza feminina, agora Ronaldo se volta para o amor, no fim, a essência de tudo o que faz. O cenário ainda é mistério, a trilha sonora deve misturar temas de novela com Tchaikovsky e Chico Buarque. Poemas de Hilda Hilst também farão parte da apresentação, com contrastes de bordados e rendados delicados e “avassaladores”. Tudo para enaltecer o amor em tempos de tantos conflitos e guerras, com sua característica mais importante para o estilista: “imprimir a leveza de uma pluma ao peso da existência.”

Lethicia Bronstein para a Riachuelo

Depois da parceria com a Versace desfilada no último São Paulo Fashion Week, a Riachuelo foca nos famosos vestidos de festa de Lethicia Bronstein, sucesso entre atrizes globais e celebridades. Mas não só isso. Para a fast fashion, a estilista também criou uma linha de jeans, camisas e regatas, matando a vontade de criar peças mais casuais, desejo que já tinha há algum tempo. O desfile acontecerá no dia 22.10 na galeria Baró, com beleza de Daniel Hernandez, styling de Renata Corrêa e direção de Giovanni Bianco, sempre promessa de uma superprodução.

Helô Rocha e o Alto Paraíso de Goiás
Esse é o primeiro desfile da marca de Helô Rocha, que deixa de ser Têca e passa a assinar a grife com o próprio nome (sem o acento). Para a sua coleção nesta nova fase, Helô se inspirou em uma viagem recente que fez a Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Viadeiros, dando sequência a temas brasileiros (o verão foi dos orixás) para criar vestidos fortes e dramáticos, com muitas opções mais festivas, além das peças casuais sempre marcantes.

As rendeiras da Paraíba de Fernanda Yamamoto

Fernanda passou um ano encubando este projeto em que reinterpreta as rendas renascença da comunidade feminista Cunhã, especialista na técnica. A estilista fez sete viagens ao Cariri, onde ficam as 60 rendeiras, ao longo de oito meses de troca, em que apresentou desenhos exclusivos para que elas os executassem, trocou ideias e informações e acrescentou ao algodão da renda outros materiais como couro, feltro (lã) e jacquards. Fernanda trará algumas rendeiras que participaram da coleção para assistir ao desfile, que acontece no dia 22.10.

As estreias de Ratier e Coven

Duas estreias na passarela marcam esta edição do SPFW. Vinda do Fashion Rio, a mineira Coven, criada em 1993 por Liliane Rebehy, se inspira no mobiliário dos anos 50 para criar seus tricôs primorosos para o Inverno 2016. Já a Ratier é novíssima no mercado, lançada no fim do ano passado por Renato Ratier, dono do D-Edge, e traz uma moda que mistura referências minimalistas de vanguarda conceitual, com poucas cores e estruturas geométricas, ao repertório do próprio estilista, vindo da noite e com origem rural: ele vem de Campo Grande, de família de fazendeiros, e até hoje administra fazendas na região.

Exposição do Miles Aldridge: tem que ver

E quem estiver pela Bienal, especialmente as pessoas de fora de São Paulo, pode aproveitar para ver a exposição do fotógrafo britânico de moda Miles Aldridge, na Oca, dentro do parque. Aqui a gente conta tudo sobre a expo e mostra várias fotos!

Gostaram? O primeiro dia foi de arrasar, mas amanhã muitas novidades nos aguardam, vejam a programação:





Amanhã eu volto com muito mais ok? Além de continuar com o especial de Festas, que ainda não acabou tem dicas lindas, me aguardem!!

Bjus de luz e uma ótima semana a todos!!

Gabi





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